Romeu Zema lança pré-candidatura a presidência e projeta plano nacional do Novo para 2026
O anúncio em São Paulo
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, lançou neste sábado (16) sua pré-candidatura 2026 à Presidência durante o 9º Encontro Nacional do Partido Novo, realizado no Amcham Business Center, em São Paulo. Além disso, a sigla reuniu lideranças e apoiadores em painéis e discursos que apresentaram metas de expansão nacional. Dessa forma, o ato marcou o início formal da estratégia do Novo para entrar forte na disputa presidencial com um candidato que exibe indicadores de gestão em Minas como cartão de visita.
O que disse Zema no palco
No discurso central, Zema afirmou que pretende escalar para o âmbito federal políticas que diz ter implementado em Minas Gerais nas áreas de educação, segurança, economia e emprego. Além disso, defendeu livre iniciativa, redução do tamanho do Estado e metas de responsabilidade fiscal como eixo da plataforma. Dessa forma, sinalizou que a governabilidade passaria por reformas administrativas e por incentivos à atividade privada, mantendo a pré-candidatura 2026 como bandeira de oposição liberal.
Quem esteve no encontro
A abertura coube ao presidente nacional do Novo, Eduardo Ribeiro, que tratou 2026 como ano estratégico para a legenda. Além disso, estiveram presentes nomes como o deputado Marcel Van Hatten, o senador Eduardo Girão e o ex-procurador Deltan Dallagnol em painéis sobre fiscalização, liberdade econômica e segurança. Dessa forma, a composição do palco buscou nacionalizar a presença de Zema e mostrar densidade programática, enquanto a direção do partido reforçava disciplina e unidade interna.
Tom do discurso e frases de efeito
Zema adotou um tom duro contra adversários e classificou como “maiores inimigos do país” o lulismo, os parasitas do Estado e as facções criminosas. Além disso, disse que quer “varrer o PT do mapa” e que é preciso impor limites a supostos abusos do ministro do STF Alexandre de Moraes, sem citá-lo nominalmente em todos os trechos. Dessa forma, a fala mobilizou militância e gerou reação imediata de críticos, que acusaram o governador de radicalizar a retórica de campanha em seu lançamento.
O local e o formato do evento

O encontro ocorreu na Amcham Business Center, na zona sul de São Paulo, com transmissão digital de trechos e presença de imprensa convidada. Além disso, a programação combinou palestras curtas, perguntas e respostas e discursos de apoiadores, em agenda que se estendeu ao longo do dia. Dessa forma, o Novo buscou demonstrar profissionalização, organização e método de campanha, ressaltando eixos temáticos e propostas com linguagem direta ao público de negócios e aos militantes da legenda.
Posicionamento programático
Na parte propositiva, o pré-candidato sustentou que pretende simplificar tributos, destravar licenças, acelerar concessões e revisar gastos. Além disso, reiterou que indicadores de desempenho e metas por resultados seriam premissas de gestão, inclusive em áreas sociais. Dessa forma, a campanha tenta enquadrar o debate no binômio eficiência e controle de despesas, argumentando que o país precisa de estabilidade regulatória e previsibilidade para atrair investimento e gerar empregos formais.
Relação com Bolsonaro e a direita
O lançamento evitou citar Jair Bolsonaro de modo direto, embora o público compare a base eleitoral. Além disso, relatos registraram o discurso sem menção explícita ao ex-presidente e com aceno a eleitores conservadores por meio de críticas ao PT e ao STF. Dessa forma, o Novo tenta ocupar espaço próprio na direita, ao mesmo tempo em que dialoga com segmentos liberais e com parte do eleitorado antipetista, medindo o quanto aproximação com o bolsonarismo ajuda ou atrapalha a construção da sua narrativa.
Como fica o tabuleiro de 2026
Com o anúncio, a sigla passa a disputar protagonismo com outros presidenciáveis da direita e do centro. Além disso, especialistas apontam que a fragmentação desse campo deve exigir pactos regionais, tempo de televisão e palanques sólidos nas capitais. Dessa forma, o desempenho nas pesquisas e a capacidade de arrecadar recursos se tornam métricas de tração. Portanto, a campanha tentará converter notoriedade estadual em alcance nacional por meio de viagens, alianças e comunicação digital segmentada.
Agenda e próximos passos
A partir deste mês, a equipe planeja eventos regionais, encontros setoriais e roadshows com empresários para apresentar propostas em linguagem técnica. Além disso, a comunicação digital intensificará vídeos curtos, textos explicativos e comparativos de políticas públicas, buscando ampliar recall fora de Minas Gerais. Dessa forma, a coordenação pretende testar mensagens, ajustar o enquadramento econômico e reforçar a pré-candidatura 2026 em debates, priorizando estados com maior peso eleitoral e redes de apoio.
Por que o lançamento importa agora
O ato em São Paulo insere oficialmente Zema no grupo de presidenciáveis com agenda liberal e gestão como credencial. Além disso, obriga rivais a se posicionarem sobre Estado, impostos e regulação num ambiente ainda polarizado. Dessa forma, a movimentação pode alterar cálculos de alianças e estratégias de comunicação já neste semestre. Portanto, acompanhar a evolução do discurso, o impacto nas pesquisas e as reações dos adversários será essencial para medir o alcance real do movimento do Partido Novo.