A OTAN interceptou nesta sexta-feira (19) três caças russos MiG-31 que violaram o espaço aéreo da Estônia, um país membro da aliança militar. Segundo o Ministério das Relações Exteriores estoniano, os aviões entraram sem permissão e permaneceram por 12 minutos sobre o Golfo da Finlândia, próximo à ilha de Vaindloo, com os transponders desligados.
A porta-voz da OTAN, Allison Hart, afirmou que a resposta foi imediata e classificou a ação russa como mais um “comportamento imprudente”. A primeira-ministra da Estônia, Kristen Michal, anunciou que solicitará consultas urgentes com base no Artigo 4 da OTAN, que prevê reuniões emergenciais entre os 32 países-membros diante de ameaças à segurança.
O governo estoniano chamou a invasão de “descarada e sem precedentes” e convocou o representante diplomático da Rússia em Tallinn para apresentar um protesto oficial. A União Europeia também reagiu: a ex-primeira-ministra da Estônia e atual diplomata da UE, Kaja Kallas, afirmou que o presidente russo Vladimir Putin está testando a determinação do Ocidente. Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, garantiu que o bloco “responderá a todas as provocações com firmeza”.
Escalada das tensões
Este é o quinto incidente do tipo em 2025 envolvendo a Rússia e a Estônia. Nos últimos dias, Polônia e Romênia também denunciaram incursões de drones russos em seus territórios, o que levou a OTAN a reforçar sua presença no flanco leste.
Caças do Reino Unido, França, Alemanha e Dinamarca estão em missão de defesa aérea sobre a Polônia, e jatos franceses chegaram a ser acionados nesta semana diante de suspeita de novas incursões russas.
Enquanto a Rússia ainda não comentou oficialmente sobre o episódio na Estônia, aliados ocidentais afirmam que as provocações aumentam o risco de confronto direto.
Fonte: BBC
