Após o tornado que atingiu a cidade de Rio Bonito do Iguaçu (Centro-Sul do Paraná) e causou danos expressivos em residências e prédios públicos, o Governo do Estado anunciou a mobilização de pessoas privadas de liberdade (PPL) para atuar na limpeza, conservação e reconstrução de unidades educacionais e outros bens públicos afetados.
O plano integra ações emergenciais destinadas a acelerar a reparação das áreas mais atingidas e a restabelecer o funcionamento das escolas, creches e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do município. A iniciativa envolve coordenação entre Secretarias estaduais e órgãos de segurança responsáveis pela supervisão das equipes.
Quem será mobilizado e como será a operação
Foram destacadas equipes compostas por custodiados autorizados a trabalho externo em regime supervisionado. Esses grupos atuarão em tarefas de limpeza, remoção de entulho, reparos pontuais e serviços de reconstrução leve nas estruturas educacionais que tiveram compromissos parciais ou totais. A atuação é acompanhada por monitores da Polícia Penal e seguirá cronogramas definidos após a conclusão dos laudos técnicos de engenharia.
A previsão inicial indicou o deslocamento de um primeiro contingente para intervenções emergenciais, com possibilidade de ampliação conforme a necessidade dos serviços e as autorizações administrativas. As atividades deverão ocorrer sempre sob supervisão e com as providências administrativas necessárias para garantir logística, segurança e alimentação das equipes.
Recursos e prioridades de reconstrução
Paralelamente à mobilização de mão de obra, o Estado determinou medidas de financiamento emergencial para a reconstrução do município, incluindo liberação de recursos destinados a ações imediatas de restauração de prédios públicos e apoio às famílias. A sequência dos serviços está condicionada ao término dos levantamentos técnicos que apontam as condições estruturais das edificações e ao encaminhamento de materiais e equipamentos necessários às obras.
A prioridade divulgada pelas autoridades é restabelecer condições para que as atividades escolares retornem o mais rápido possível, preservando a segurança de alunos, profissionais da educação e comunidades atendidas pelas unidades.
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Forma de execução e garantia de acompanhamento técnico
Antes do início dos trabalhos de maior complexidade, os responsáveis técnicos realizarão vistorias e elaborarão pareceres sobre a viabilidade das intervenções. Equipes de engenharia e órgãos de fiscalização atuarão para determinar que tipo de reparos são cabíveis em cada prédio e para assegurar que as obras atendam às normas de segurança e habitabilidade.
Os procedimentos administrativos adotados preveem que as ações executadas por pessoas privadas de liberdade sejam realizadas em ambiente controlado, com acompanhamento institucional e prestação de contas sobre o progresso dos serviços. Reforça-se que as fases de reconstrução que exigirem especialização técnica serão definidas a partir de laudos e da necessidade de contratação de equipes qualificadas quando apropriado.
Integração com ações sociais e logísticas
As operações de reconstrução estão articuladas com medidas de assistência às famílias desalojadas e com programas de apoio emergencial. A política anunciada busca conciliar a rapidez exigida pelas obras com a coordenação logística necessária para disponibilizar materiais, abrigos provisórios e serviços básicos à população afetada.
O governo destaca que a mobilização de mão de obra é uma das frentes de ação que será combinada com outras iniciativas, como contratação de serviços especializados quando necessário, apoio financeiro e encaminhamentos para reconstrução completa dos imóveis mais prejudicados.
Próximos passos
Avançam os laudos técnicos e a definição do cronograma de obras; com isso, espera-se a ampliação das frentes de trabalho conforme autorização e disponibilidade de materiais. As secretarias responsáveis afirmam que a evolução das ações será comunicada à população e que os trabalhos de reconstrução seguirão as etapas determinadas pelos diagnósticos estruturais.
A estratégia estatal apresentada busca acelerar a recuperação de prédios educacionais e restabelecer o retorno das atividades escolares, ao mesmo tempo em que organiza a logística e o financiamento necessários para a reconstrução de médio e longo prazos.













