Animais Silvestres na cidade de Lagoa Santa

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Paulo Martins

Com a expansão urbana, a destruição dos habitats naturais, somada à farta disponibilidade de alimentos e à adaptabilidade, resultou em um aumento expressivo de animais silvestres em ambientes urbanos.

Este fenômeno tem sido observado em várias cidades do Brasil, levantando uma importante questão sobre a coexistência entre os humanos e a vida selvagem. Animais como macacos, capivaras, preguiças, onças e jacarés são espécies comumente observadas.

Embora seja interessante deparar-se com algum desses animais em nosso meio, não podemos negar os desafios e riscos que eles nos trazem, como transmissão de doenças, riscos de acidentes de trânsito e ataques.

Um exemplo alarmante foi o ataque sofrido por uma criança de 10 anos, que nadava em um lago em Tramandaí, no litoral norte do RS, e foi gravemente ferida por um jacaré. A criança apresentou graves lacerações na perna e precisou levar mais de 40 pontos.

Animais Silvestres em Lagoa Santa: Riscos e Curiosidades sobre Capivaras e o Jacaré Alfredo

Animais Silvestres em Lagoa Santa: Riscos e Curiosidades sobre Capivaras e o Jacaré Alfredo
Foto: Divulgação

Em Lagoa Santa, a situação não é diferente. Além das várias capivaras que representam risco à saúde por serem hospedeiras do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa, temos o ilustre “morador”, o jacaré Alfredo. Apesar de já ser considerado uma celebridade entre os moradores e frequentadores da orla da lagoa, não podemos esquecer que é um animal silvestre e pode apresentar comportamentos agressivos.

Apesar do nome dado, “Alfredo”, o sexo do réptil é outra questão a ser considerada. Mesmo que a espécie possa apresentar dismorfismo sexual, que é a característica de uma espécie ter indivíduos do sexo masculino e feminino com diferenças físicas marcantes, não há informações se algum especialista fez essa análise.

Dentro da possibilidade de “Alfredo” ser uma “Alfreda”, o risco para os frequentadores pode ser potencializado. Fêmeas de jacarés têm a capacidade de se reproduzir assexuadamente, por meio de partenogênese.

Nesse caso, as fêmeas, para protegerem seus ninhos, tornam-se altamente agressivas, atacando qualquer um que se aproxime. Além disso, dentro dessa possibilidade, poderemos em breve ter vários “Alfredinhos” como nossos mais novos moradores.

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Paulo Cesar Martins - Editor Chefe e Jornalista - Lagoa News

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