O Atlético-MG até tentou, mas não conseguiu embalar no Brasileirão. Jogando na Arena MRV, o Galo empatou pelo placar de 1 a 1 com o Santos de Neymar e deixou a torcida irritada na 23ª rodada. O resultado, que parecia encaminhado para uma vitória simples, ainda contando com um jogador a mais em campo após a expulsão do zagueiro Zé Ivaldo, acabou escapando nos minutos finais, em um pênalti bobo cometido por Lyanco.
O jogo: da esperança à frustração
A primeira etapa do jogo na Arena MRV foi de domínio constante da equipe Santista, mesmo com Neymar apagado, o Santos teve maior controle jogando fora de casa. O Atlético até criava, mas a imprecisão de passes e as más decisões em jogadas fizeram com que o time não rendesse o esperado diante de sua torcida.
O time de Jorge Sampaoli foi para o intervalo devendo. Logo no início do segundo tempo, o zagueiro Zé Ivaldo deu um puxão no atacante Hulk e o árbitro Bruno Arleu de Araújo aplicou o segundo cartão amarelo ao jogador, resultando em sua expulsão e deixando o Galo com vantagem numérica na partida. Aos 59 minutos, Igor Gomes abriu o placar para o Atlético, após boa enfiada de bola de Gustavo Scarpa, e com um jogador a mais em campo, a equipe mineira não parou de atacar.
Só que o roteiro do Atlético não costuma ser tranquilo. Faltando poucos minutos para o fim, Lyanco fez um pênalti infantil. Tiquinho Soares aproveitou e deixou tudo igual para o Santos. O clima azedou de vez, e as vaias tomaram conta do estádio.
Vaias e cobrança
A torcida não perdoou. O empate contra um Santos em má fase foi sentido como derrota, e os gritos de protesto mostraram que a paciência está no limite. A reação da arquibancada foi clara: o Atlético precisa mostrar mais, principalmente dentro de casa.
Sampaoli defende Lyanco, mas cutuca o elenco
Na coletiva, Jorge Sampaoli tentou tirar o peso das costas de Lyanco, que vinha jogando bem até o pênalti. Para o técnico, o erro foi detalhe, e o problema é mais profundo: “o time precisa ter mais ambição”.
A fala pegou forte porque bate na ferida do torcedor. É justamente essa falta de intensidade e fome que vem incomodando. O treinador ainda reconheceu que o Atlético está “abaixo do que pode entregar” e que é preciso mudar rápido para não ficar ainda mais para trás.
Situação na tabela
O empate deixou o Atlético com 25 pontos, fora da briga por vagas internacionais e cada vez mais pressionado, devido à aproximação da zona de rebaixamento. Para um elenco desse tamanho, a cobrança é inevitável. A torcida já deixou o recado: não dá para se contentar com pouco.
E agora?
O resultado contra o Santos é mais um sinal de alerta. Sampaoli chegou para dar um choque de realidade, mas até agora o Galo não conseguiu mostrar evolução. Dentro de campo, faltou calma para segurar a vitória. Fora dele, sobra cobrança da arquibancada.
O Atlético tem talento, tem elenco, mas precisa decidir se vai brigar por algo grande ou se vai seguir tropeçando em casa. O recado está dado: falta ambição, e o torcedor já percebeu.