Comportamento no trabalho: O fator decisivo que causa metade das demissões em 2024

Comportamento no trabalho: O fator decisivo que causa detade das demissões em 2024
Carteira de Trabalho. Foto: Divulgação/ Leonidas Santana de Getty Images

Um levantamento recente aponta que questões atitudinais no trabalho, e não a falta de habilidades técnicas, foram responsáveis por 50% dos desligamentos de profissionais no primeiro semestre deste ano, acendendo um alerta sobre a importância das competências interpessoais no ambiente corporativo.

O mercado de trabalho brasileiro tem apresentado uma nova e clara exigência: a competência comportamental. Segundo um estudo recente, metade de todas as demissões ocorridas no primeiro semestre de 2024 não foram motivadas por falhas técnicas ou falta de qualificação, mas sim por problemas relacionados ao comportamento dos funcionários.

Este dado revela uma mudança significativa na avaliação dos profissionais, onde as chamadas “soft skills” ganham um peso cada vez maior nas decisões de contratação e, principalmente, de permanência nas empresas.

O peso das atitudes nas demissões

A pesquisa, que analisou os desligamentos no mercado formal, identificou que a dificuldade de relacionamento com colegas e superiores é o principal motivo para as demissões de natureza comportamental. A falta de comunicação eficaz, a pouca colaboração em equipe e a incapacidade de se adaptar à cultura da empresa são fatores que minam o ambiente de trabalho e impactam diretamente a produtividade.

Outros pontos de destaque que levaram aos desligamentos incluem:

  • Falta de Comprometimento: A ausência de engajamento com as metas e valores da organização.
  • Problemas com Prazos e Metas: A dificuldade recorrente em cumprir com as responsabilidades e objetivos estabelecidos.
  • Comunicação Inadequada: A incapacidade de expressar ideias de forma clara e respeitosa, gerando conflitos e mal-entendidos.
  • Resistência a Feedbacks: A falta de abertura para receber críticas construtivas e a ausência de esforço para melhorar o próprio desempenho.

Leia também: Número de imigrantes com carteira assinada aumenta 35,9% em 2024

Habilidades técnicas já não são suficientes

Ainda que a qualificação técnica continue sendo um critério fundamental para a contratação, o estudo reforça que ela, por si só, não garante a estabilidade no emprego. As empresas buscam cada vez mais por profissionais que, além de dominarem suas áreas de atuação, saibam interagir, colaborar e contribuir para um clima organizacional positivo. A inteligência emocional, a empatia e a capacidade de resolução de conflitos se tornaram tão ou mais importantes que um currículo repleto de certificados.

Essa nova realidade do mercado de trabalho serve como um aviso para profissionais de todas as áreas. Investir no desenvolvimento de habilidades interpessoais é crucial não apenas para conquistar uma vaga, mas, como os números indicam, para mantê-la. A capacidade de se relacionar bem e de se adaptar a diferentes cenários e perfis de colegas é, hoje, um dos maiores ativos que um colaborador pode oferecer a uma organização.

Compartilhe este artigo

favicon - logo jornal lagoa news

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *