Confiança do consumidor recua, mas bares e restaurantes apostam no verão e mostram a resiliência do empreendedor brasileiro

Confiança do consumidor recua, mas bares e restaurantes apostam no verão e mostram a resiliência do empreendedor brasileiro
Imagem: Reprodução

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou leve recuo em agosto, caindo 0,5 ponto e chegando a 86,2 pontos. O resultado reflete o sentimento de cautela dos consumidores diante da economia. Apesar disso, o setor de bares e restaurantes mantém expectativas positivas para o segundo semestre de 2025, impulsionado pela chegada do verão e pelas tradicionais confraternizações de fim de ano.

Segundo levantamento da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), julho já trouxe sinais de recuperação: o Índice Abrasel-Stone, que acompanha a movimentação financeira do setor, avançou 0,4% em relação a junho. A pesquisa também mostrou que 40% das empresas tiveram lucro, 37% ficaram estáveis e apenas 22% registraram prejuízo.

Bares e restaurantes seguem otimistas para o fim de 2025

O presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, destacou que, mesmo com a oscilação no índice da confiança, há espaço para crescimento:

“Tradicionalmente, o segundo semestre traz uma movimentação financeira importante para bares e restaurantes, impulsionada pelas altas temperaturas e as festas de fim de ano. Em julho, já vimos sinais positivos de recuperação, o que reforça nossa confiança para os próximos meses”, afirmou.

O otimismo é explicado não apenas pela sazonalidade, mas também pela capacidade de reinvenção dos empresários do setor. Muitos bares e restaurantes, que enfrentaram momentos difíceis nos últimos anos, se adaptaram com novos modelos de delivery, cardápios digitais e experiências diferenciadas para atrair clientes.

A resiliência do empreendedor brasileiro

Esse movimento de adaptação não é novidade. O brasileiro é conhecido por transformar crises em oportunidades. Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2023), o Brasil tem uma das maiores taxas de empreendedorismo do mundo: 23% da população adulta está envolvida na criação de um novo negócio ou na gestão de uma empresa com até 3,5 anos de atividade.

Além disso, dados do Sebrae (2024) revelam que mais de 70% dos pequenos negócios brasileiros se reinventaram após a pandemia, adotando estratégias digitais, diversificação de produtos e maior proximidade com os clientes.

Essa característica de resiliência ajuda a explicar por que bares e restaurantes, mesmo diante de oscilações no consumo, seguem confiantes para o segundo semestre.

Verão, festas e novas oportunidades para o setor

Com a chegada do calor e o aumento natural do consumo em ambientes sociais, os bares e restaurantes devem registrar maior movimento. O setor também projeta bons resultados com o crescimento das confraternizações corporativas e familiares no fim de ano, período considerado estratégico para o faturamento.

No cenário nacional, o desafio de equilibrar custos e conquistar consumidores permanece, mas o espírito empreendedor do brasileiro mostra que, mais uma vez, criatividade e resiliência serão os ingredientes que podem garantir bons resultados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Lagoa News

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Gabriel - diretor do Lagoa News

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