Sindicato alerta para um iminente colapso financeiro do setor, pressionado pela alta do diesel e fretes defasados; situação pode impactar o fornecimento de produtos em todo o estado.
O Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg) emitiu um alerta preocupante sobre o risco de um colapso generalizado no setor de transporte rodoviário de cargas. A combinação de alta nos custos operacionais, especialmente o preço do diesel, e a defasagem nos valores de frete coloca em xeque a sustentabilidade financeira de inúmeras empresas, com potencial para afetar diretamente a cadeia de abastecimento em cidades de todo o estado.
Os fatores por trás da crise iminente no transporte de cargas
A situação crítica enfrentada pelas transportadoras mineiras é resultado de uma série de desafios que se agravaram nos últimos meses. Para o Setcemg, a união de diversos fatores criou uma “tempestade perfeita” que ameaça paralisar um serviço essencial para a economia.
Os principais pontos de pressão incluem:
Alta do Diesel: O combustível, principal insumo do setor, tem sofrido aumentos constantes, impactando diretamente o custo de cada viagem.
Frete Defasado: Os valores pagos pelos fretes não acompanharam a escalada dos custos, fazendo com que muitas empresas, especialmente as menores, operem com margens mínimas ou até mesmo abaixo do custo para não paralisarem suas frotas.
Juros Elevados: As altas taxas de juros dificultam o financiamento para a renovação da frota e a gestão do fluxo de caixa das empresas.
Falta de Mão de Obra: A escassez de motoristas qualificados é um problema crônico que continua a afetar a capacidade operacional do setor.
Condições das Estradas: A má conservação de rodovias aumenta os custos com manutenção dos veículos e o tempo de viagem.
Roubo de Cargas: A insegurança gera prejuízos diretos e aumenta os custos com seguros, que se tornam cada vez mais pesados para as transportadoras.
O risco de prateleiras vazias
O colapso do sistema de transporte de cargas representaria um grave risco para o cotidiano da população. A paralisação ou a redução drástica do serviço podem levar a um desabastecimento em diversos setores vitais, como supermercados, farmácias, indústrias e até mesmo o agronegócio, que depende do escoamento de sua produção.
Para evitar que a crise se aprofunde, o Setcemg defende a união do setor e a recusa a fretes com valores predatórios, que não cobrem os custos da operação. A entidade reforça a urgência de medidas que possam reequilibrar financeiramente as empresas e garantir a continuidade de um serviço indispensável para Minas Gerais.
