Um servidor da educação municipal é acusado de abuso contra uma aluna de seis anos na Escola Municipal Antônio de Castro Figueiredo. O caso, que veio à tona em 2024, ganhou nova repercussão em 2025 com o surgimento de novas denúncias, gerando um clima de medo e incerteza entre os pais e levantando questionamentos sobre a segurança nas escolas da cidade.
Uma grave denúncia de abuso sexual envolvendo um servidor da educação e uma criança de seis anos na Escola Municipal Antônio de Castro Figueiredo, em Lagoa Santa, tem gerado forte comoção na comunidade local. O caso, inicialmente registrado em 2024, voltou a ser destaque em 2025 após novas alegações surgirem, o que levou pais e responsáveis a questionarem se este seria um fato isolado ou parte de um problema mais amplo e silencioso. A investigação segue em andamento, e o caso está sob sigilo judicial.
A Descoberta e a Repercussão do Caso
A denúncia chegou à equipe de reportagem do Lagoa News por meio de Gil César dos Santos, um motorista de aplicativo que, indignado, procurou o jornal após transportar uma das mães envolvidas até um hospital em Belo Horizonte. Segundo seu relato, a mãe teria comentado que a denúncia já havia sido feita no ano anterior, mas que, até então, nenhuma providência efetiva havia sido tomada pela prefeitura.
Diante da gravidade das acusações, a situação tem causado apreensão entre os pais de alunos da rede municipal. Relatos indicam um ambiente de constrangimento e até mesmo ameaças veladas para que a situação não fosse exposta publicamente, o que levanta a preocupação sobre uma possível rede de proteção ao suspeito e a dúvida sobre o número real de crianças que podem ter sido vítimas.
O depoimento da Mãe
A mãe da vítima, em depoimento, expressa seu desejo por justiça e a prisão do acusado, para que ele “não possa continuar cometendo essas atrocidades”. Ela relata que a criança foi ameaçada pelo agressor, que a teria instruído a não contar nada para a mãe, sob pena de ficar de castigo. Após o ocorrido, a menina apresentou sintomas como gagueira, medo, regressão no controle do xixi e dificuldade para dormir sozinha, traumas que começaram a ser superados apenas quando ela foi transferida para outra escola. A mãe afirma ter um vídeo onde a criança detalha o abuso sofrido.
Posicionamento das autoridades
Tanto a Prefeitura de Lagoa Santa quanto a direção da escola se manifestaram sobre o caso, afirmando que tomaram as medidas cabíveis assim que tiveram conhecimento dos fatos.
Ações da prefeitura
Em nota oficial publicada em suas redes sociais, a Prefeitura de Lagoa Santa informou que tomou conhecimento do caso há cerca de um mês e que imediatamente afastou o professor acusado. As medidas adotadas incluem:
- Abertura de uma sindicância pela Corregedoria.
- Acompanhamento do caso pelo Conselho Tutelar.
- Disponibilização de atendimento psicológico para as famílias envolvidas.
A gestão municipal também assinou, em 26 de junho, um decreto que obriga todas as escolas, públicas e privadas, a manterem as fichas criminais de seus colaboradores atualizadas, como forma de prevenção.
Resposta da escola
A direção da Escola Municipal Antônio de Castro Figueiredo comunicou ao Lagoa News que, ao tomar ciência do caso, acionou imediatamente a polícia, que escoltou o professor para fora da unidade de ensino. A escola afirma ter entregado todas as imagens e documentos pertinentes à investigação, mantendo a transparência durante o processo.
A investigação e o futuro do caso
O caso está sendo investigado em sigilo pela Polícia Civil de Lagoa Santa. Segundo apurado pela equipe do Lagoa News junto à delegacia, provas periciais e imagens já estão sendo analisadas, e algumas pessoas foram ouvidas. Enquanto o professor foi afastado do cargo público na rede municipal, informações apuradas pelo jornal indicam que ele continua atuando como docente em uma escola particular da cidade. O suspeito também procurou a equipe do Lagoa News para apresentar sua versão dos fatos.
A comunidade escolar aguarda por respostas definitivas, buscando não apenas a responsabilização dos culpados, mas também garantias de que medidas eficazes serão tomadas para proteger as crianças no ambiente escolar. A principal demanda das famílias, ecoada pela voz da mãe da vítima, é uma só: justiça. O Jornal Lagoa News continuará acompanhando o caso de perto.
