Movimento marca reaproximação entre Washington e o novo governo sírio, após a queda de Bashar al-Assad, e pode redefinir o equilíbrio de forças no Oriente Médio.
Os Estados Unidos planejam estabelecer uma base militar em Damasco para apoiar um acordo de segurança entre Síria e Israel. A operação reforça o novo alinhamento político da Síria com o Ocidente e o avanço da agenda de paz liderada por Donald Trump.
Washington expande presença estratégica na Síria
Os Estados Unidos estão se preparando para instalar uma base militar em Damasco, capital da Síria, em um movimento que reforça os esforços de Washington para intermediar um pacto de segurança entre Síria e Israel, segundo informações exclusivas da Reuters.
O projeto, mantido em sigilo, é considerado um marco na política externa norte-americana e simboliza uma mudança histórica na geopolítica do Oriente Médio, após o fim do governo de Bashar al-Assad, ex-aliado do Irã.
Fontes militares e diplomáticas confirmaram que a nova instalação será usada para operações conjuntas, logística, reabastecimento e vigilância aérea, além de dar suporte à criação de uma zona desmilitarizada no sul da Síria — parte central do acordo de não agressão mediado pelos Estados Unidos.
Trump se reunirá com o novo presidente sírio
O presidente norte-americano Donald Trump deve receber o novo líder sírio, Ahmed al-Sharaa, na próxima segunda-feira (10), em Washington D.C..
Será o primeiro encontro oficial entre líderes dos dois países em décadas e pode selar a adesão da Síria à coalizão internacional anti-ISIS, fortalecendo o alinhamento diplomático e militar com o Ocidente.
Autoridades envolvidas nas negociações afirmam que o pacto poderá abrir caminho para cooperação econômica e reconstrução pós-guerra, uma das prioridades do novo governo sírio.
Pentágono acelera operações em solo sírio
O Pentágono já iniciou missões de reconhecimento e testes logísticos na base de Damasco, com o envio de aeronaves de transporte C-130 para validar a pista e infraestrutura.
De acordo com um oficial de defesa sírio, a soberania nacional será mantida, mas haverá cooperação operacional com os EUA em missões de vigilância, reabastecimento e ajuda humanitária.
Fontes de segurança afirmam que as tropas americanas devem ser enviadas ainda neste ano, consolidando a presença de forças conjuntas sírio-americanas na capital.
Plano faz parte da nova arquitetura de segurança no Oriente Médio
A presença militar dos EUA em Damasco integra uma estratégia mais ampla do Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM), que já coordena bases no Líbano e em Israel para monitorar cessar-fogos e acordos de paz regionais.
O almirante Brad Cooper, comandante do CENTCOM, visitou Damasco em setembro ao lado do enviado especial dos EUA, Thomas Barrack, em uma missão diplomática que buscava avançar as negociações do acordo Síria-Israel.
Segundo fontes diplomáticas, o governo Trump espera formalizar o pacto ainda em 2025, concretizando sua visão de um Oriente Médio estável, próspero e cooperativo com o Ocidente.
A mudança marca o fim do isolamento sírio e o início de uma nova fase geopolítica, com possíveis reflexos sobre a influência iraniana e o combate ao Estado Islâmico (ISIS) na região.
Contexto e impacto global
O reposicionamento da Síria ao lado dos Estados Unidos representa uma reconfiguração profunda nas alianças do Oriente Médio.
Com a aproximação entre Síria e Israel, mediada por Washington, o cenário pode evoluir para uma nova era de estabilidade e cooperação regional, reduzindo décadas de tensões militares e diplomáticas.
Especialistas afirmam que o pacto pode mudar o eixo de poder regional, influenciando diretamente as relações entre Irã, Arábia Saudita e Turquia, e impactando também a política energética global.
Os Estados Unidos estão finalizando planos para uma base militar em Damasco, destinada a apoiar um acordo de segurança entre Síria e Israel.
A operação sinaliza uma nova fase de alianças estratégicas no Oriente Médio, sob liderança de Donald Trump, e fortalece a coalizão anti-ISIS.
Com cooperação militar conjunta e apoio diplomático direto, a Síria se afasta do eixo iraniano e se aproxima de Washington, em um movimento que pode redefinir o equilíbrio regional.













