Minas Gerais deu um passo significativo em direção à inovação educacional com o lançamento do programa federal Mais Ciência na Escola. A cerimônia oficial ocorreu no dia 14 de abril de 2025, no campus Betim do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), reunindo autoridades, educadores e representantes do governo.
A iniciativa, liderada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em parceria com o Ministério da Educação (MEC), busca promover o letramento digital e a educação científica em escolas públicas de todo o estado.
O Que é o Programa “Mais Ciência na Escola”?

Lançado em 2024, o programa Mais Ciência na Escola tem como objetivo principal aproximar os estudantes da educação básica das áreas de ciência e tecnologia. A proposta inclui a criação de 90 laboratórios maker em escolas públicas de Minas Gerais, com um investimento de R$ 9 milhões provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Esses laboratórios são espaços interativos que incentivam a criatividade, a experimentação e a resolução de problemas reais, promovendo uma abordagem prática e interdisciplinar.
Além disso, o programa oferece 900 bolsas para estudantes e 230 para professores, com um compromisso de diversidade: metade das bolsas será destinada a mulheres e pessoas pretas. Essa iniciativa reforça o compromisso do governo federal com a inclusão e a equidade na ciência.
Impacto na Educação Básica e na Formação de Professores
O Mais Ciência na Escola não se limita à instalação de laboratórios. Ele também inclui a capacitação de professores para o uso de tecnologias digitais e metodologias inovadoras. A formação docente é essencial para garantir que as atividades práticas sejam integradas ao currículo escolar de forma eficaz, estimulando o interesse dos alunos por carreiras científicas e tecnológicas.
A abordagem do programa segue o modelo STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), que promove o aprendizado baseado em investigação e experimentação. Essa metodologia prepara os estudantes para os desafios do século XXI, desenvolvendo competências como pensamento crítico, criatividade e resolução de problemas.
Parcerias e Colaboração Interinstitucional
A implementação do programa em Minas Gerais é resultado de uma colaboração entre os Institutos Federais de Minas Gerais (IFMG), Sul de Minas (IFSULDEMINAS) e Norte de Minas (IFNMG). Essa parceria interinstitucional foi fundamental para a construção de uma proposta qualificada, que atende às necessidades específicas das escolas mineiras.
Além disso, prefeituras locais também desempenham um papel importante no sucesso do programa. Em Ouro Branco, por exemplo, a prefeitura ampliará o alcance do projeto com recursos próprios, beneficiando mais escolas da região.
Segunda Fase e Expansão do Programa
O Mais Ciência na Escola terá uma segunda fase em Minas Gerais, liderada pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Essa etapa incluirá a criação de “Laboratateliês”, que abordarão temas como sustentabilidade, robótica e produção audiovisual. Escolas de cidades como Uberlândia, Araguari e Uberaba serão contempladas, ampliando ainda mais o alcance do programa.
Além disso, o programa está alinhado à Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, do MEC, que visa garantir acesso significativo à internet em escolas públicas. Essa integração fortalece o uso pedagógico de tecnologias digitais e contribui para a inclusão digital em larga escala.
Um Marco para a Educação Científica em Minas Gerais
O lançamento do Mais Ciência na Escola em Minas Gerais representa um marco para a educação científica no estado. Com investimentos significativos e uma abordagem inovadora, o programa tem o potencial de transformar a forma como a ciência e a tecnologia são ensinadas nas escolas públicas.
Ao promover a inclusão, a diversidade e o protagonismo estudantil, a iniciativa prepara as novas gerações para os desafios do futuro, fortalecendo a educação básica e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do Brasil.