O setor de alimentação fora do lar no Brasil destaca-se pela expressiva participação feminina. Segundo dados do IBGE analisados pela Abrasel, as mulheres representam 54% da força de trabalho formal em bares e restaurantes, enquanto no setor informal esse índice chega a 56%. Além disso, 38,22% dos negócios do setor têm mulheres como sócias, superando segmentos como comércio, agropecuária e construção civil.
Empreendedorismo Feminino no Setor de Alimentação

As mulheres não apenas ocupam cargos de liderança, mas também protagonizam histórias inspiradoras de empreendedorismo. Apesar dos desafios, como acesso a crédito e conciliação entre trabalho e vida pessoal, muitas transformam sonhos em negócios prósperos, contribuindo para o crescimento econômico e promovendo mudanças sociais.
Ocinéia Bastos: De Merendeira a Empresária de Sucesso
Um exemplo marcante é Ocinéia Bastos, conhecida como Dona Oci. Durante a pandemia, ela iniciou um delivery de comida com o auxílio emergencial. Em três anos, expandiu seu negócio para um restaurante físico e mais duas unidades, além de cinco lojas de delivery. Hoje, Dona Oci planeja novos investimentos, consolidando seu sucesso no Amapá.
Michele Velho: Gastronomia Gaúcha no Nordeste
Michele Velho, fundadora do Original Gaúcho Burger, começou com food trucks e, durante a pandemia, estabeleceu-se em Aracaju. Com um ponto fixo há cinco anos, seu restaurante é referência na região, destacando-se pela conexão emocional com os clientes e pela qualidade dos produtos.
Impacto das Mulheres no Setor de Alimentação
As histórias de Oci e Michele refletem a força do empreendedorismo feminino no setor de bares e restaurantes. Apesar dos desafios, iniciativas como redes de apoio e capacitação têm fortalecido o protagonismo feminino, promovendo inovação e inclusão.
Essas mulheres não apenas transformam o setor, mas também inspiram outras a seguirem seus sonhos, mostrando que a gastronomia é uma poderosa ferramenta de transformação social e econômica.