Mulheres no mercado enfrentam uma batalha constante no Brasil, onde preconceito e práticas injustas ainda são uma realidade no ambiente corporativo. Este artigo explora os desafios enfrentados por elas, destacando dados alarmantes de uma pesquisa recente da Catho, que revela que 78% das mulheres já sofreram algum tipo de assédio no trabalho.
Com base em evidências e relatos, vamos analisar como essas barreiras impactam suas carreiras e o que pode ser feito para promover um ambiente mais inclusivo e respeitoso. Descubra como as empresas podem transformar esse cenário e apoiar verdadeiramente suas funcionárias.
Obstáculos Provenientes de Superiores e a Falta de Resultados nas Denúncias
Infelizmente, a maioria dos casos de assédio ocorre por parte de superiores, e não de colegas. Além disso, 21% das mulheres que denunciaram os abusos relataram que suas queixas não resultaram em ações concretas. Esse cenário desanima muitas a seguirem com suas carreiras e a buscarem apoio para enfrentar tais situações.
O Machismo e a Sobrecarga de Tarefas Continuam Afetando as Mulheres
Outro ponto abordado pela pesquisa é a persistência de obstáculos como a falta de oportunidades e o machismo. As mulheres, especialmente as que têm filhos, frequentemente enfrentam sobrecarga de tarefas no trabalho. A pesquisa, que ouviu 886 mulheres, destaca a dificuldade em equilibrar responsabilidades profissionais e familiares.
Empresas Falham no Apoio a Gestantes e Após a Licença-Maternidade
Muitas mulheres relatam a falta de suporte por parte das empresas durante e após a licença-maternidade. Cerca de 50% das entrevistadas afirmaram que foram demitidas após o retorno ao trabalho. Esse comportamento desestimula as mulheres a se candidatarem a vagas em empresas que não demonstram políticas de acolhimento e apoio. Christiana Mello, diretora da Catho, ressaltou que as mulheres estão cada vez mais atentas à reputação das empresas antes de se candidatar.
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Sinais de Avanço e Oportunidades para Mulheres no Mercado de Trabalho
Apesar das dificuldades, o estudo apontou algumas melhorias. O número de mulheres em cargos de liderança cresceu. Segundo o Índice de Igualdade de Gênero (GEI) 2023, 34% das posições de liderança agora são ocupadas por mulheres. Além disso, houve um aumento de 11% nas contratações femininas em comparação ao ano anterior, o que demonstra que, apesar dos desafios, as mulheres continuam avançando.
Conclusão – Um Chamado para Mudança nas Políticas Corporativas
Esse cenário apresenta uma oportunidade para as empresas revisarem suas políticas internas. Promover um ambiente de respeito, igualdade e inclusão pode ajudar a construir uma relação mais saudável com suas funcionárias, permitindo que elas alcancem seu potencial máximo.