O Conselho de Segurança da ONU aprovou, nesta segunda-feira (17), uma resolução apresentada pelos Estados Unidos que endossa o plano do ex-presidente Donald Trump para encerrar o conflito em Gaza e autoriza a criação de uma força internacional de estabilização no território palestino.
O projeto, considerado essencial para dar legitimidade global ao plano americano, busca consolidar um cessar-fogo duradouro e avançar na libertação de reféns. A proposta também prevê a formação de um Conselho de Paz, liderado por Trump, que funcionaria como autoridade de transição responsável pela reconstrução e pela reorganização administrativa de Gaza.
Hamas rejeita mecanismo internacional
Mesmo com a aprovação da ONU, o Hamas reiterou que não aceitará um processo de desarmamento e classificou a resolução como uma tentativa de impor uma “tutela internacional” sobre Gaza.
Segundo o grupo, a luta armada contra Israel continua sendo considerada uma forma legítima de resistência.
Força internacional e processo de desmilitarização
A resolução autoriza o envio de uma Força Internacional de Estabilização (ISF), encarregada de implementar a desmilitarização do enclave, incluindo o desmantelamento da infraestrutura militar usada em confrontos recentes.
O texto incentiva que países-membros participem tanto da força quanto do Conselho de Paz, o que, segundo diplomatas, pode estimular alianças para a reconstrução econômica de Gaza.
Rússia e China se abstêm, mas criticam proposta
Apesar de não vetarem a resolução, Rússia e China criticaram o fato de o documento dar aos Estados Unidos um papel central no futuro de Gaza.
O embaixador russo Vasily Nebenzya afirmou que o Conselho “deu carta branca” a Washington, sem estabelecer limites claros para a nova estrutura de governança.
Autoridade Palestina apoia o plano
A Autoridade Palestina, por outro lado, afirmou que está pronta para participar da execução das medidas, destacando que a aprovação da ONU pode abrir caminho para novos arranjos políticos no território.
Diplomatas confirmaram que o apoio palestino foi decisivo para evitar um veto russo.
Plano menciona possibilidade de Estado palestino
A resolução também provocou debate em Israel, já que menciona a criação de condições futuras para a formação de um Estado palestino, desde que reformas internas sejam implementadas e o processo de reconstrução avance.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reforçou que segue contrário à criação de um Estado palestino e prometeu desmilitarizar Gaza “pelos meios fáceis ou difíceis”.
Trump celebra aprovação
Donald Trump comemorou a aprovação e classificou o momento como “histórico”.
Segundo ele, novas iniciativas serão anunciadas em breve para consolidar a transição política e econômica no território.













