Seguro mais verde: setor de seguros adota a taxonomia sustentável brasileira

Seguro mais verde: setor de seguros adota a taxonomia sustentável brasileira
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Seguro mais verde: setor de seguros adota a taxonomia sustentável brasileira

o que é a taxonomia sustentável brasileira

A Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB) é um instrumento oficial de classificação criado para identificar, de maneira objetiva, atividades econômicas verdadeiramente sustentáveis. Sua aplicação busca evitar o chamado greenwashing, prática em que produtos e serviços são divulgados como ecológicos sem, de fato, atender a requisitos ambientais. O Brasil vem avançando no desenvolvimento dessa ferramenta desde 2024, em alinhamento com padrões internacionais. A segunda fase de implementação alcança diretamente o setor de seguros, responsável por movimentar bilhões de reais anualmente.

setor de seguros na era da sustentabilidade

Seguradoras passam a contar com critérios claros para avaliar e oferecer produtos classificados como sustentáveis. Isso significa que clientes que adotam práticas responsáveis, como medidas de prevenção a riscos climáticos ou investimentos em eficiência energética, poderão ser beneficiados com condições diferenciadas. O mercado, por sua vez, ganha com a transparência, já que investidores conseguem identificar quais apólices realmente contribuem para uma economia de baixo carbono. A adoção da TSB é vista como um passo crucial para conectar o sistema financeiro brasileiro à agenda global de sustentabilidade.

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benefícios para consumidores e investidores

Os consumidores se tornam protagonistas na transição verde ao escolher seguros que trazem impactos positivos confirmados. Em vez de confiar apenas em campanhas publicitárias, agora será possível identificar, de forma oficial, quais produtos são de fato sustentáveis. Investidores, por outro lado, passam a ter maior previsibilidade, direcionando recursos para empresas comprometidas com práticas socioambientais robustas. Esse alinhamento entre demanda e oferta fortalece o mercado de seguros e dá mais consistência às políticas de gestão de risco.

alinhamento com padrões internacionais

A TSB dialoga com taxonomias já adotadas em outras partes do mundo, como a da União Europeia. Essa convergência é fundamental para que empresas brasileiras se integrem a cadeias globais de financiamento sustentável. Quanto mais próximos forem os critérios, maiores as chances de o Brasil atrair recursos externos para projetos verdes. A harmonização também facilita o intercâmbio de informações e ajuda a reduzir custos de adaptação para companhias multinacionais que operam em território brasileiro.

desafios de implementação

Apesar do avanço, especialistas apontam que o sucesso da TSB depende de alguns fatores críticos. É necessário garantir que seguradoras adotem as diretrizes com consistência, evitando que o selo sustentável se torne apenas mais um mecanismo de marketing. A fiscalização deve ser contínua, e os parâmetros precisam ser atualizados regularmente para acompanhar a evolução científica e tecnológica em sustentabilidade. Outro desafio é capacitar profissionais do setor, que terão de compreender profundamente as regras para aplicá-las de forma correta no dia a dia.

oportunidades de inovação

Com a TSB, abre-se espaço para a criação de produtos inovadores. Seguros voltados para agricultura de baixo impacto ambiental, construção civil sustentável e transporte de baixa emissão de carbono podem ganhar destaque. A diversificação do portfólio torna o setor mais competitivo e amplia as opções para consumidores. Além disso, empresas que incorporarem de maneira efetiva os critérios da taxonomia estarão mais preparadas para enfrentar os riscos climáticos crescentes, transformando desafios em oportunidades de crescimento.

impacto no mercado financeiro nacional

A adoção da taxonomia no setor de seguros fortalece a credibilidade do mercado financeiro brasileiro. Investidores internacionais tendem a valorizar países que apresentam métricas claras de sustentabilidade. O movimento reforça a imagem do Brasil como um ator relevante nas finanças verdes e pode contribuir para atrair novos fluxos de capital. Essa transformação também dialoga com a Política Nacional sobre Mudança do Clima e outras iniciativas federais voltadas para a transição ecológica.

responsabilidade compartilhada

Para que a TSB produza os efeitos esperados, é fundamental que seguradoras, consumidores e órgãos públicos atuem de forma coordenada. Companhias devem se comprometer com a transparência, consumidores precisam valorizar a clareza das informações e governos devem garantir mecanismos de monitoramento eficientes. A responsabilidade compartilhada é o que transforma a taxonomia em uma ferramenta viva, capaz de mudar comportamentos e fortalecer a sustentabilidade de forma prática.

um marco para o futuro do setor

O avanço da taxonomia sustentável brasileira no setor de seguros representa mais do que uma atualização regulatória. É um marco que redefine a forma como produtos financeiros são concebidos, avaliados e oferecidos. Ao proporcionar critérios objetivos, o Brasil sinaliza que sustentabilidade deixou de ser apenas discurso para se tornar parte essencial da estrutura de mercado. Nos próximos anos, essa mudança tende a impactar não apenas seguradoras, mas todo o ecossistema financeiro, incentivando práticas mais responsáveis em diferentes áreas da economia.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Lagoa News

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