O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e organização criminosa, em um dos julgamentos de maior repercussão na história recente do país. O marco foi estabelecido com o voto da ministra Cármen Lúcia, que acompanhou o relator, Alexandre de Moraes, e consolidou a posição da Corte.
Como Cármen Lúcia justificou sua posição no julgamento
O Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou maioria para condenar o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro após o voto da ministra Cármen Lúcia, que acompanhou Alexandre de Moraes (relator) e Flávio Dino. Sua posição foi determinante para firmar a responsabilização de Bolsonaro e outros sete acusados pelos crimes de tentativa de golpe e organização criminosa.
Durante a sessão, a ministra manteve tom firme, mas chegou a usar um momento descontraído ao relembrar uma situação cotidiana em uma farmácia, em diálogo com Alexandre de Moraes. Logo em seguida, reforçou que o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) trouxe elementos consistentes para comprovar a participação ativa do ex-presidente na articulação contra a ordem democrática.
A fala da ministra sobre a atuação da PGR
Cármen Lúcia destacou que a PGR apresentou provas decisivas, mostrando que Bolsonaro e aliados articularam, de forma estruturada, um plano para atacar as instituições democráticas e impedir a alternância de poder após as eleições de 2022.
Por que os atos foram considerados parte de uma trama contínua
Para a ministra, os eventos que culminaram em atos de tentativa de golpe não representam um episódio isolado. Em sua avaliação, tratou-se de uma “estratégia encadeada”, conduzida ao longo de meses, com ações coordenadas e objetivo claro: fragilizar as instituições e impedir a alternância legítima de poder no país.
O que ainda falta decidir no STF
Com o voto de Cármen Lúcia, a maioria pela condenação de Jair Bolsonaro já está formada. No entanto, o julgamento segue em andamento. O ministro Cristiano Zanin está apresentando seu voto, e sua posição pode influenciar na definição final das penas aplicadas, tanto a Bolsonaro quanto aos demais réus.