Terremoto na Rússia gera tsunami e erupção vulcânica: impacto atinge países do Pacífico

Terremoto na Rússia gera tsunami
Tsunami invade costa da Rússia após forte terremoto nesta quarta-feira (30). Russian Academy of Sciences/Handout via REUTERS

O maior tremor em décadas na Península de Kamchatka provocou evacuações, fechamentos de praias e o despertar do vulcão mais ativo da região. Entenda os desdobramentos.

O que aconteceu na Península de Kamchatka?

Na manhã de 30 de julho (noite de 29 no Brasil), um terremoto na Rússia de magnitude 8,8 na escala Richter sacudiu a Península de Kamchatka, no extremo leste do país. O abalo teve profundidade de 19,3 km e gerou uma reação em cadeia: alertas de tsunami foram emitidos por vários países ao redor do Oceano Pacífico.
Esse foi o maior tremor registrado na região em décadas, reacendendo a atenção global sobre áreas de alto risco sísmico e vulcânico.

Impacto imediato nos países do Pacífico

Terremoto na Rússia gera tsunami e erupção vulcânica
O terremoto que atingiu a Rússia é o mais forte desde 2011, provocando tsunamis e evacuações em várias regiões  |   Bnews - Divulgação Reprodução/USGS

Diversos países costeiros se mobilizaram após o alerta internacional de tsunami. Autoridades em:
Japão, Nova Zelândia, Indonésia, Havaí e Chile emitiram alertas para áreas de risco;

Kuji e Hokkaido (Japão) registraram ondas de até 1,3 metro;

Cerca de 2 milhões de japoneses foram notificados para evacuar áreas costeiras.

Medidas emergenciais nos EUA e América Latina

Nos Estados Unidos, sirenes foram acionadas no Havaí e na Califórnia como medida de precaução.
Já em países da América Latina, como México, Colômbia, Peru, Equador e Chile, as autoridades optaram pelo fechamento temporário de praias devido ao risco de ondas anormais.

Atividade vulcânica agrava cenário em Kamchatka

Horas após o terremoto, o vulcão Klyuchevskoy, o mais alto e ativo da Península de Kamchatka, entrou em erupção. Ele expeliu lava e lançou uma coluna de cinzas de cerca de 3 mil metros de altura, exigindo o monitoramento constante da região.

Além disso, vulcões como Shiveluch e Ebeko, já conhecidos por sua instabilidade, apresentaram erupções nos últimos meses após tremores de menor magnitude — reforçando a correlação entre sismos e atividade vulcânica na área.

Como está a situação atual na Rússia?

Especialistas alertam para possíveis tremores secundários de até 7,5 graus, o que mantém a região em estado de atenção. Enquanto isso, moradores de Kamchatka tentam se reerguer após o trauma e os danos causados pelo maior terremoto em décadas no território russo.

Brasil corre risco de terremotos como esse?

Apesar da repercussão internacional, o Brasil não está em área de encontro de placas tectônicas. Isso significa que o país não sofre com terremotos de grande magnitude, sendo considerado fora da zona de risco sísmico global.

Linha do Tempo dos Acontecimentos

29 de julho (noite no Brasil):

  • 22h45 (Brasília): Terremoto de 8,8 atinge a Península de Kamchatka.

30 de julho (manhã na Rússia):

  • Japão registra as primeiras ondas de tsunami (até 1,3 m).
  • Sirenes são acionadas nos EUA e praias são fechadas na América Latina.

Horas Depois:

  • O vulcão Klyuchevskoy entra em erupção.
  • Cientistas emitem alerta para possíveis novos tremores.

Eventos anteriores (2024):

Shiveluch e Ebeko entram em erupção após sismo de 7,0.

Um alerta global para zonas de risco sísmico

O terremoto na Rússia evidenciou como eventos naturais podem desencadear impactos globais em questão de horas. Além de tsunamis, o abalo sísmico reacendeu a atividade vulcânica em Kamchatka, um dos pontos mais instáveis do planeta.

Mesmo que o Brasil esteja fora da zona de risco, a tragédia reforça a importância de monitoramento, prevenção e resposta rápida em áreas vulneráveis.

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Eyshila Gonçalves - lagoa news

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