Tornado no Paraná deixa rastro de destruição

Tornado no Paraná deixa rastro de destruição
Imagens: Reprodução

Na última sexta-feira, um tornado devastador atingiu o estado do Paraná, deixando um cenário de destruição, mortos e feridos, principalmente nas cidades de Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava. O fenômeno climático extremo mobilizou uma grande operação de resgate e assistência às vítimas.

O tornado, que pode ter alcançado ventos de até 250 km/h, foi classificado inicialmente na categoria F-2 pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). No entanto, indícios de rajadas mais fortes levaram o órgão a considerar a elevação para a categoria F-3, de risco “severo”. Este evento é considerado um dos mais fortes a atingir o estado nas últimas décadas.

O impacto em Rio Bonito do Iguaçu

A cidade de Rio Bonito do Iguaçu, com cerca de 14 mil habitantes, foi a mais afetada. De acordo com o Coronel Hudson, secretário da Segurança Pública do Paraná, estima-se que entre 80% e 90% do município tenha sido destruído. “Vimos silos gigantescos e postos de gasolina indo ao chão. Foi uma catástrofe sem muitos precedentes na história do Paraná”, afirmou o governador Ratinho Jr., que se deslocou para a região.

O impacto humano foi significativo. A Defesa Civil do Estado confirmou cinco mortes, sendo quatro em Rio Bonito do Iguaçu e uma na cidade vizinha de Guarapuava. O número de feridos ultrapassou 430, com nove pessoas em estado grave. As buscas por desaparecidos continuam, com equipes de resgate e cães farejadores trabalhando em meio aos escombros. Um hospital de campanha foi montado para dar suporte ao atendimento médico da população.

Resposta e mobilização

Imediatamente após a tragédia, o governo do Paraná mobilizou uma força-tarefa para a região. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, da Defesa Civil e da Secretaria de Saúde foram enviadas para prestar auxílio, realizar levantamentos e iniciar o atendimento às vítimas. O governador Ratinho Jr., acompanhado de secretários de estado, visitou a área para coordenar os esforços de reconstrução.

A situação de emergência foi declarada em 14 cidades do Paraná, que já vinham sofrendo com fortes chuvas, vendavais e granizo desde o início de novembro. O governo estadual já havia implementado medidas para a liberação de recursos emergenciais e auxílio às comunidades afetadas por eventos climáticos anteriores.

Um cenário mais amplo

O tornado no Paraná fez parte de um evento climático maior, associado a um ciclone extratropical que também causou estragos em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e colocou São Paulo em alerta. A formação do ciclone gerou instabilidade em uma vasta área, provocando chuvas intensas, raios e ventania em múltiplos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Próximos passos

A prioridade no momento é o resgate e o amparo às famílias desabrigadas e desalojadas. Enquanto os dados sobre o número exato de pessoas afetadas ainda estão sendo consolidados, a solidariedade e o trabalho conjunto das autoridades e da população são essenciais. A reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu e das outras áreas atingidas será um desafio monumental, exigindo um esforço contínuo nos próximos meses.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Lagoa News

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