Rússia testa supertorpedo nuclear Poseidon: arma capaz de criar tsunamis radioativos e desafiar o mundo

Rússia testa supertorpedo nuclear Poseidon: arma capaz de criar tsunamis radioativos e desafiar o mundo
Imagem: Reprodução

Putin confirma teste bem-sucedido de arma subaquática que pode destruir cidades costeiras inteiras

A Rússia realizou com sucesso o teste do torpedo nuclear Poseidon, uma das armas mais poderosas e temidas já desenvolvidas no cenário militar moderno.

De acordo com o presidente Vladimir Putin, o dispositivo é capaz de gerar ondas radioativas gigantes, com potencial para devastar cidades inteiras próximas ao litoral.

O anúncio foi feito durante uma visita de Putin a um hospital militar em Moscou, onde soldados feridos na guerra da Ucrânia estão internados. O líder russo afirmou que o teste foi concluído na terça-feira (27) e que, pela primeira vez, o sistema conseguiu realizar o lançamento completo a partir de um submarino porta-torpedos e ativar seu reator nuclear interno.

Segundo Putin, o Poseidon representa um avanço sem precedentes:

“Conseguimos algo único. Essa tecnologia não tem equivalente e não pode ser interceptada por nenhum sistema de defesa existente”, declarou o presidente russo.

O que é o Poseidon: o “monstro dos mares” da Rússia

O Poseidon, nome inspirado no deus grego dos oceanos, é uma arma híbrida que combina características de drone submarino e torpedo nuclear autônomo.

Analistas descrevem o dispositivo como uma nova geração de armamento estratégico, criado para operar em profundidades extremas e atingir alvos a milhares de quilômetros de distância.

De acordo com informações da Otan e da imprensa estatal russa, o Poseidon tem cerca de 20 metros de comprimento, 1,8 metro de diâmetro e pesa aproximadamente 100 toneladas.

Ele pode atingir velocidades próximas a 185 km/h e tem alcance estimado de até 10 mil quilômetros, tornando-o uma arma praticamente impossível de deter.

Especialistas acreditam que o torpedo possa transportar uma ogiva nuclear de até dois megatons e ser movido por um reator de metal líquido, o que lhe garante autonomia e poder destrutivo superiores a qualquer arma conhecida.

Putin afirmou ainda que o poder do Poseidon supera o do míssil intercontinental Sarmat (Satan II), considerado até então o mais avançado do arsenal russo.

Nova corrida nuclear reacende tensão global

O desenvolvimento do Poseidon faz parte de uma nova corrida armamentista global, marcada pela disputa entre Rússia, Estados Unidos e China pelo domínio das tecnologias nucleares mais letais.

O Kremlin apresentou o Poseidon e o míssil de cruzeiro Burevestnik como respostas diretas às medidas de defesa dos Estados Unidos, especialmente após Washington abandonar o Tratado de Mísseis Antibalísticos de 1972, em 2001, e expandir a Otan em direção ao leste europeu.

Os recentes testes reforçam o discurso de força e independência militar da Rússia, que busca mostrar ao Ocidente que não cederá à pressão internacional em meio à guerra na Ucrânia.

Nos Estados Unidos, a reação veio com críticas diretas. O ex-presidente Donald Trump afirmou que Putin deveria concentrar esforços em encerrar o conflito na Ucrânia, em vez de investir em armamentos nucleares experimentais.

Rússia envia recado ao Ocidente

Para analistas militares, os testes do Poseidon e do Burevestnik representam uma mensagem clara de Moscou: a Rússia pretende preservar sua posição como potência nuclear global e desafiar qualquer tentativa de contenção militar por parte da Otan.

A ofensiva tecnológica reforça o papel do país em um tabuleiro geopolítico cada vez mais instável, em que o equilíbrio do poder depende cada vez mais de armas estratégicas e sistemas autônomos de destruição em massa.

Acompanhe atualizações sobre política internacional no Lagoa News

O Lagoa News continuará acompanhando os desdobramentos o avanço da nova corrida nuclear entre Rússia e Ocidente, além de trazer análises sobre segurança global e geopolítica.

Para saber as principais notícias sobre o Brasil e o mundo, acesse Lagoa News.

Fonte: Reuters e CNN Brasil

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Lagoa News

Compartilhe este artigo

Gabriel - diretor do Lagoa News

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *