Setembro chegou e, de longe, já começamos a enxergar as festas de fim de ano no horizonte. E se você conseguisse um dinheirinho extra para reforçar o orçamento nessa reta final? O Banco Central informou que ainda há R$ 10,7 bilhões esquecidos em bancos, cooperativas e consórcios, esperando para serem resgatados por milhões de brasileiros.
Segundo os dados do Sistema de Valores a Receber (SVR), atualizados até julho de 2025, desse montante:
- R$ 8,08 bilhões estão disponíveis para 48 milhões de pessoas físicas;
- R$ 2,61 bilhões pertencem a 4,6 milhões de empresas.
Desde a criação do sistema, em 2022, já foram devolvidos R$ 11,33 bilhões.
Como saber se você tem dinheiro esquecido
A consulta deve ser feita exclusivamente no site oficial do Banco Central: valoresareceber.bcb.gov.br.
Para acessar, é necessário login com conta Gov.br de nível prata ou ouro.
Se houver valores disponíveis, o sistema indica a instituição responsável e a origem do recurso, como:
- saldos de contas encerradas;
- cotas de cooperativas de crédito;
- recursos de consórcios finalizados;
- tarifas cobradas indevidamente;
- parcelas ou despesas de crédito não reconhecidas;
- contas de pagamento pré ou pós-pagas encerradas.
Como pedir a devolução
O Banco Central informa que há duas formas de solicitar o saque:
- Solicitar por aqui – opção automática, com devolução via Pix em até 12 dias úteis;
- Solicitar via instituição – quando o cliente não tem Pix ou prefere contato direto com o banco responsável.
Desde 27 de maio de 2025, o BC também passou a oferecer a solicitação automática de resgate: o cidadão pode habilitar a função e, sempre que houver valores novos em seu nome, o dinheiro será transferido automaticamente.
Dinheiro esquecido de pessoas falecidas
É possível consultar valores de pessoas que já morreram. Para isso, o interessado precisa ser:
- herdeiro;
- inventariante;
- representante legal.
O sistema exige o preenchimento de um termo de responsabilidade antes do pedido.
Existe prazo para resgatar o dinheiro?
Em 2024, o Congresso Nacional chegou a aprovar que os valores esquecidos poderiam ser recolhidos pela União. No entanto, o Ministério da Fazenda esclareceu que não há prazo limite para que cidadãos e empresas solicitem os recursos junto às instituições financeiras