A passagem do furacão Milton, que atingiu a costa dos Estados Unidos como um devastador furacão de categoria 5, destaca a crescente crise climática e seus impactos globais. Com milhões de imóveis sem energia e um aumento alarmante no número de mortes, este evento extremo é um alerta sobre a intensificação dos desastres naturais.
Neste artigo, exploramos as consequências das mudanças climáticas, os desastres históricos e a necessidade urgente de ação para proteger nosso planeta e suas comunidades.
Revolta da natureza ou mudanças climáticas?
Os Estados Unidos estão em alerta devido à passagem do furacão Milton, que atingiu a costa na quarta-feira à noite, trazendo ventos de categoria 3. Posteriormente, Milton intensificou-se para um furacão de categoria 5, o mais grave, antes de ser rebaixado para categoria 1 após atingir a Flórida. Mesmo assim, deixou um rastro de destruição, com 3 milhões de imóveis sem energia elétrica e 16 pessoas mortas, podendo esse número aumentar.
Diante desse fato, somos levados a refletir sobre o que está acontecendo com o mundo. Seria a revolta da natureza, as mudanças climáticas ou talvez o Apocalipse, o final dos tempos?
Um relatório de 2021 elaborado pela Organização Meteorológica Mundial em parceria com a ONU revela que as mudanças climáticas e eventos extremos contribuíram significativamente para o expressivo aumento nos desastres naturais nos últimos 50 anos. Entre 1970 e 2019, os desastres naturais representaram 50% de todos os desastres, 45% das mortes reportadas e 47% das perdas econômicas, totalizando três trilhões e 470 bilhões de dólares em prejuízos.
Alguns dos maiores desastres naturais dos últimos anos incluem:
– Tsunami do Oceano Índico em dezembro de 2004, com 226.306 mortes
– Tufão Nina em agosto de 1975, com 229 mil mortes
– Terremoto de Tangshan em julho de 1970, com 242.419 a 650.000 mortes
– Terremoto de Haiyuan em dezembro de 1920, com 235.512 mortes
– Ciclone de Bhola em novembro de 1970, com 500.000 mortes
No Brasil, tragédias climáticas como enchentes, deslizamentos de terra, incêndios florestais e ondas de calor são recorrentes, ceifando vidas anualmente. Alguns exemplos incluem:
– Tragédia do Rio de Janeiro em 2011, com mais de 900 mortes e 35 mil desabrigados
– Tragédia em Petrópolis em 2022, com 253 mortos
– Tragédia no Rio Grande do Sul em 2024, com 179 mortos e mais de 30 desaparecidos
Incêndios também têm sido uma ameaça, como o devastador incêndio em Maui, Havaí, em agosto de 2023, que resultou em 115 mortes e perdas incalculáveis.
Inundações no Saara
O governo de Marrocos informou que, em apenas dois dias, choveu cerca de 250 milímetros, superando as médias anuais em áreas do norte da África. Formaram-se lagoas entre as dunas do deserto devido a fortes tempestades. Essas chuvas no deserto do Saara, uma das regiões mais áridas do planeta, podem alterar o clima na região, e a umidade local pode resultar em mais evaporação, provocando novas chuvas.
Independentemente das diferentes perspectivas religiosas, científicas ou ambientais, todos concordam que algo não está certo e que a natureza está emitindo sinais de alerta. Cabe a todos nós fazer a nossa parte antes que seja tarde demais.
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