Caixa Econômica orienta sobre Novas Regras para Financiamento Imobiliário

Caixa Econômica orienta sobre Novas Regras para Financiamento Imobiliário

Conselho de Contabilidade orienta sobre novas regras para financiamento de imóveis pela Caixa Econômica, válidas a partir desta sexta-feira (1°) de novembro de 2024.

Entre as alterações, estão a redução das cotas de financiamento e o aumento do valor mínimo exigido para entrada, no teto de R$ 1,5 milhão. Presidente destaca sobre planejamento e educação financeira

Caixa Econômica nova regras de credito  imobiliário

A Caixa Econômica Federal implementará uma série de mudanças nas regras de financiamento imobiliário utilizando recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que começa a valer a partir desta sexta-feira, 1º de novembro. O banco anunciou que, entre as alterações, estão a redução das cotas de financiamento e o aumento do valor mínimo exigido para entrada, uma medida que visa controlar o volume crescente de saques da poupança e alinhar-se à demanda do mercado imobiliário nacional.

A partir de novembro, a Caixa passará a limitar o financiamento de imóveis individuais a um teto de R$ 1,5 milhão. Além disso, o cliente que optar por financiamento via SBPE não poderá manter outros contratos habitacionais ativos com a instituição, uma mudança que visa uma melhor gestão dos recursos da poupança.

A presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRCGO), Sucena Hummel explica que, no cenário atual, a Caixa permite financiamentos sem limite de valor e múltiplos contratos ativos. “Para financiamentos que utilizam o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entretanto, a regra de apenas um contrato ativo sempre esteve vigente”, explica.

Redução nas cotas de financiamento pela Caixa Econômica

Outra mudança significativa é na porcentagem do valor do imóvel que será financiado. Para o Sistema de Amortização Constante (SAC), a nova regra reduz a cota de 80% para 70% do valor do imóvel, o que exige que os compradores desembolsem um valor maior como entrada. “No sistema de amortização Price, a redução é ainda mais drástica, passando de 70% para 50%. No SAC, as parcelas têm um componente decrescente de juros, enquanto no Price, o valor das parcelas permanece constante ao longo do contrato”, comenta a presidente do CRCGO.

Segundo a Caixa, as novas restrições não se aplicarão a imóveis vinculados a empreendimento financiados pela instituição. Para esses casos, as condições de financiamento atuais serão mantidas. Além disso, as mudanças não afetarão financiamentos já existentes, aplicando-se apenas a novos contratos.

Planejamento e educação financeira alinhados

A educação financeira e o planejamento são fundamentais na hora de adquirir um imóvel financiado. Sucena Hummel alerta que estar em constante diálogo com o contador pode ajudar a evitar dores de cabeça. “O profissional de confiança, o contador, orienta de forma assertiva como o comprador deve tomar as decisões conscientes e sustentáveis na adesão de um imóvel”, comenta, destacando que somente com o entendimento técnico, é possível compreender conceitos como taxa de juros, amortização e custo efetivo total, o que ajuda a evitar surpresas financeiras ao longo do processo.

A presidente do CRCGO diz que um planejamento adequado permite avaliar, ainda, se o valor da prestação cabe no orçamento mensal da pessoa, levando em conta outras despesas. “Isso minimiza o risco de endividamento excessivo e garante que a compra do imóvel não comprometa a qualidade de vida. Assim, a educação financeira se torna uma ferramenta essencial para alcançar o sonho da casa própria de forma segura e responsável”, diz.

Mudanças

Em nota, a Caixa explicou que a decisão vem em resposta à alta demanda por crédito imobiliário e ao aumento expressivo dos saques na caderneta de poupança, que fornece os recursos para o SBPE. Dados do Banco Central mostram que, em setembro, os saques líquidos da poupança somaram R$ 7,1 bilhões, o maior volume de retiradas no ano e o terceiro mês consecutivo de saldo negativo.

Até setembro de 2024, a Caixa já havia concedido R$ 175 bilhões em crédito imobiliário, um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023, somando mais de 627 mil financiamentos. O banco também detém 48,3% do mercado de financiamentos habitacionais com recursos da poupança, equivalente a R$ 63,5 bilhões.

As novas regras não possuem prazo de validade definido, indicando que podem ser mantidas por tempo indeterminado. A Caixa ainda afirma estar em diálogo com o mercado e o governo para desenvolver alternativas que facilitem o crédito imobiliário no país, ampliando o acesso ao financiamento e adaptando-se às condições econômicas.

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